Escrava Isaura
“A Escrava Isaura” é um romance que toma como assunto o drama de uma escrava aparentemente branca, educada e muito bonita, numa época em que começava a se levantar questões sobre os “abomináveis e hediondos” crimes da escravidão e o rebaixamento da pessoa humana em função de sua raça e classe social.
ROMANCE ‐ A Escrava Isaura é um romance com duas preocupações básicas: regionalismo (usos, costumes e linguagem de um Brasil rural) e denúncia social (um retrato, embora subjetivo, da escravidão no Brasil).
FOCO NARRATIVO: TERCEIRA PESSOA ‐ O romance A Escrava Isaura é narrado na terceira pessoa (narrador onisciente). O narrador (o próprio autor) relata as ações de todas as personagens, penetrando‐lhes o interior, revelando ao leitor as suas particularidades, dando, às vezes, uma visão pessoal do que acontece.
TEMPO: TEMPO CRONOLÓGICO ‐ Em A Escrava Isaura, as ações dos personagens acontecem no tempo cronológico ou linear (exterior, marcado pela passagem das horas, dos dias, dos anos). Os acontecimentos vão sendo incorporados à história em ordem cronológica, sem recuos nem avanços.
TRAÇOS DO ROMANTISMO: IDEALIZAÇAO DA MULHER ‐ A heroína é descrita como um ser humano perfeito, desde o físico até o caráter. Mais ainda: Isaura é endeusada pelo autor que, exageradamente, a compara a anjo ou santa. “Acha-se ali sozinha e sentada ao piano uma bela e nobre figura de moça,as linhas do perfil desenham-se distintamente entre o ébano da caixa do piano e as bastas madeiras ainda mais negras do que ele. São tão puras e suaves essas linhas,que fascinam os olhos, enlevam a mente, e paralizam toda a análise.” Pag: 05.
VALORIZAÇÃO DA NATUREZA‐ A natureza ganha destaque de duas maneiras dentro do livro. Na caracterização do cenário e nas constantes comparações dos traços positivos da heroína a elementos da natureza. "Quase não se via aí muro, cerca, nem valado; jardim, horta, pomar, pastagens,