Escolática
O princípio É difícil delimitar a origem da Escolástica porque jamais ela se estabeleceu como uma doutrina filosófica restrita. Diferente do que se pensa, havia no ambiente católico uma divergência muito viva em questões teológicas. Foi esse espírito do debate que acabou dando origem à corrente de atividades intelectuais, artísticas e filosóficas a que se convencionou chamar de Escolástica (do latim schola).
É o século 12 que vê essa valorização do saber refletida na criação das universidades e na ascensão da classe letrada. O monge agostiniano Santo Anselmo desponta como o primeiro escolástico, seguido por Pedro Abelardo, Pedro Lombardo e Hugo de São Vítor.
O auge Eis que na segunda metade do século 12 chegam às universidades as traduções hispânicas de versões árabes das obras de Aristóteles. É o grande choque cultural que muda o rumo do Ocidente e que catapulta a Escolástica para a sua "era de ouro" no século 13, quando Agostinho deixa de ser o eixo do pensamento cristão, e a filosofia natural aristotélica se agiganta diante da teologia.
Os mestres universitários adquirem fama e importância, os livros se multiplicam, e o modelo de ciência antiga começa a ruir. Robert Grosseteste e seu discípulo Roger Bacon trabalham a ideia de pesquisa científica, idealizando experimentos. As universidades de Paris, Oxford e Colônia testemunham os grandes debates e o surgimento de obras gigantescas. É o século de São Tomás de Aquino, Albert Magno. São Boaventura e Duns Scotus.
A disputa escolástica Possivelmente a maior contribuição da Escolástica à filosofia tenha sido o seu notável rigor metodológico e dialético. Os estudantes das