Escolas Helênicas Filosóficas
As Escolas Filosóficas Helênicas surgiram no Período Helenístico. Período que foi marcado pelo Império Macedônico, onde houve um desmoronamento da Pólis. O homem grego servia agora para o Império, pois deixou de ser o componente mais importante e tornou-se apenas um súdito. A perda da importância política individual fez muitos se dedicarem a busca da felicidade pessoal. As principais Escolas desse período se caracterizaram por buscarem estabelecer um conjunto de preceitos racionais para dirigir a vida de cada um e, sem sofrimento, chegar à felicidade e ao bem-estar.
Cinismo
Teve início em Atenas, por volta dos séculos III e IV a.C. fundada por Antístenes (440 – 336 a.C.), discípulo de Sócrates e como tal praticada pelos cínicos. Para os cínicos, o propósito da vida era viver na virtude, de acordo com a natureza.
Os cínicos gregos consideravam a virtude como a única necessidade para a eudaimonia (felicidade) e viam a virtude como inteiramente suficiente para alcançar a felicidade. Os cínicos clássicos seguiram esta filosofia a ponto de negligenciarem tudo que não promovesse a perfeição da virtude e alcance da felicidade.
Antístenes foi seguido por Diógenes de Sinope, este radicalizou as propostas de Antístenes, e as exemplificou em sua própria vida. Diógenes desprezava as riquezas e rejeitou as convenções sociais. Para ele, a matemática, a física, a astronomia e a música são "inúteis e desnecessárias". Tornou-se um mendigo que habitava as ruas de Atenas, fazendo da pobreza extrema uma virtude; teria vivido num grande barril. Sendo ele conhecido também, talvez pejorativamente como kinos, o cão, pela forma como vivia.
A felicidade - entendida como autodomínio e liberdade - era a verdadeira realização de uma vida. Sua filosofia combatia o prazer, o desejo e a luxúria, pois isto impedia a auto-suficiência. A virtude deveria ser praticada e isto era mais importante que teorias sobre a virtude.
Famosa é sua