Construção do Campo do Trabalho no Pensamento Ocidental como Condição para a Emergência da Psicologia do Trabalho.

Resenha Capítulo 1
Construção do Campo do Trabalho no Pensamento Ocidental como Condição para a Emergência da Psicologia do Trabalho.

Na visão histórica por volta d 700 a.C., descreve o trabalho como como uma luta diária do agricultor contra a força da natureza, na visão mitológica o poeta grego, o trabalho era uma atividade do qual o homem não poderia escapar, já que os deuses o haviam punido, privando-os dos seus favores. Na passagem bíblica de Gênesis o dito divino “crescer, multiplicar e submeter a terra”. O trabalho seria a forma de realizar este dito, uma forma pelo qual o homem torna coautor da obra dos planos divinos. Nessas visões o trabalho é fonte de sobrevivência e igualmente fonte de virtude ou da elevação moral e espiritual do homem. Visto que o temor, a esperança, dor, conquista da dignidade, etc. ao trabalho são sentimentos e disposições subjetivos que foram sendo construídos ao longo do tempo. O objetivo do capítulo é explorar as origens e acompanhar as atitudes e ideias sobre o valor e significado do trabalho ao longo da história até o período pós-moderno.
Centralidade do trabalho como construção discursiva: a centralidade do trabalho foi inventada e teve de ser alimentada e abastecida com novas descrições, novos eventos e novas formas de conexões com a “realidade”, que nesse caso é o mercado, a economia e até que as pessoas deixaram de trabalhar em suas casas para se instalarem em certos períodos em locais de trabalho (fábrica). Então, esta realidade de trabalho mudou ao longo do tempo, mas em compensação, este fato de mudança não atesta muita coisa sobre a “necessidade inerente” dessas mudanças. Não quer dizer que a divisão racional do trabalho, que aconteceu no momento do capitalismo e seu modo de produção, aconteceram porque tinha necessariamente que acontecer. Aconteceu porque um conjunto de práticas foi sendo instituídos e assegurados por determinadas teorias de verdade, não foi pela correspondência com o mundo nem pela coerência