HISTORIA DA EDUCAÇÃO
MARROU, Henri – Irenée. História da Educação na Antiguidade, São Paulo: Editora Herder, 1971.
LUZURIAGA, Lorenzo. História da Educação e da Pedagogia, São Paulo: Editora Nacional, 1984, p.58-77.
A educação nas sociedades fluviais.
“As sociedades fluviais são assim consideradas por se constituírem ás margens dos grandes rios, a saber: Egito (Nilo); Mesopotâmia (Tigre e Eufrates); Índia (Indo e Ganges); China (Huang Ho).”
“As sociedades fluviais diferem-se das sociedades tribais por estarem na transição de uma sociedade indivisa para uma sociedade de classes. Nelas surge uma minoria pertencente à administração dos negócios, enquanto a massa da população se ocupa com a produção. É nessa sociedade que se encontra o que marxismo chama de modo de produção asiático”.
“nas sociedades tribais o conhecimento é difuso, acessível a qualquer membro, nas civilizações orientais, nas sociedades fluviais, ao se criarem segmentos privilegiados, a população composta por lavradores, comerciantes e artesãos não tem direitos políticos nem acesso ao saber da classe dominante. A instrução acontece somente à classe privilegiada, dando inicio ao dualismo escolar.” “Esparta, testemunha privilegiada do arcaísmo, constitui mui naturalmente a segunda etapa de nossa história: podemos observar como a educação cavalheiresca homérica aí já se perpetua tão logo começa a evoluir. Cidade eminentemente militar e aristocrática, Esparta não irá muito longe na trilha que devia levar aquilo que chamei de “educação do escriba”: continuará, ao contrário, por questão de honra, uma cidade de semiletrados”. (MARROU, 1971 p.33).
“Desde o século VIII, a arte já floresce na Lacônia e o século VII é o século de Esparta, cujo auge, ou áxun, para dizer em grego, se situaria, a meu ver por volta de 600 (3)”. (p.33)
“por uma inversão de papeis tornou-se a cidade conservadora por excelência, mantendo, com férrea obstinação, velhos costumes já em desuso por toda parte: ela se torna, para