Escolas Democraticas
Um ensino democrático é sintetizado por M. Apple e J. Beane. Eles juntaram as teorias de Dewey, principalmente, e de outros autores do ensino democrático dando um corpo que torna mais visual e palpável as propostas dentro do título “Escolas Democráticas”.
Antes de tudo os próprios autores tentam definir o que é democracia, o que com estrema dificuldade não chegam a uma conclusão objetiva mas encontram conceitos que servem para ilustrar o que seria o modo ideal do pensar democrático.
Outros estão comprometidos com a idéia de que o modo de vida democrático é construído sobre as oportunidades de descobrir o que é esse modo de vida e como ele deveria ser conduzido. Acreditam que as escolas, como experiência comum de praticamente todos os jovens, tem a obrigação moral de lhes apresentar o modo de vida democrático. Sabem também que esse modo de vida se aprende pela experiência. Não é um status a ser alcançado só depois que as outras coisas são assimiladas. Além disso, acreditam que a democracia se estende a todas as pessoas, inclusive aos jovens. Por fim, acreditam que a democracia não é incômoda nem perigosa, que pode dar certo nas sociedades e nas escolas. (p. 18)
De fato, os autores acreditam que a sociedade ainda não encontrou o verdadeiro sentido da democracia, atribuindo-a ao governo exercido, ao voto e, por vezes, utilizada como argumento para conseguir o que se quer: “isso (não) é democracia”. Neste sentido seria um conceito flexível. Enquanto pessoas desacreditam, outros a justificam como argumento para tudo. Mas segundo Apple e Beane, quem teve a boa e verdadeira democracia, não abriria mão dela, deixando-a de legado para seus filhos e netos.
Porém se o conceito de democracia não fica tão objetivo, os educadores sabem muito bem o que querem das escolas democráticas. A começar pelos pontos enumerados que representam as principais preocupações centrais dessas escolas. Seriam estes o livre fluxo das ideias; capacidade individual e