ESCOLAS BILINGUES NO BRASIL
“ESCOLA BILINGUES NO BRASIL”
A principal característica das escolas bilíngues do Brasil de maneira geral é que, nelas, utiliza-se uma língua estrangeira nas rotinas escolares. Não se trata de dar muitas aulas de um idioma estrangeiro, mas de ensinar as diferentes disciplinas nesse idioma.
De certa forma, a aprendizagem da língua local se dá em casa e em outros contextos sociais, enquanto a escola se encarrega primordialmente de ensinar a segunda língua. Esse método garante resultados excelentes e o domínio dos dois idiomas.
Durante algum tempo, existiu a preocupação de que o ensino de uma segunda língua interferisse no aprendizado da língua-mãe. Mas hoje se sabe com certeza que isso não acontece. Antes dos 11 anos de idade, as crianças aprendem sem dificuldade mais de um idioma. Além disso, constatou-se que aquelas que sabem mais de uma língua têm uma facilidade muito maior para, mais tarde, aprender outras. Atualmente existe no Brasil uma proposta bilíngue para educação de surdos em prol de uma educação inclusiva, pois sabemos que a inclusão é necessária, mas exige esforço, tempo, ação, mudança, diálogo e reflexão. Inclusão exige cautela, estudo, flexibilidade na postura do educador, possibilidade de inovar reconhecer-se aprendiz.
Incluir exige uma postura social e política de comprometimento e cooperação entre as diferentes esferas sociais.
No Brasil existe uma necessidade real da manutenção das escolas bilíngues para os alunos surdos para que ocorra a verdadeira inclusão deles na sociedade, pois é na escola bilíngue que se asseguram as condições necessárias a uma educação de qualidade: para que o surdo possa se constituir como sujeito há necessidade da presença de seus pares linguísticos no seu processo de aquisição de língua e de conhecimento.
A língua de sinais implica na identidade e na cultura desses indivíduos, e não pode reduzir-se a uma experiência de linguagem “vocabular”, mas precisa ser de fato