escola
Em linhas gerais, o conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do embate político, conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto específicos, permeados por tensões sociais. Podem objetivar a mudança, a transição ou mesmo a revolução de uma realidade hostil a certo grupo ou classe social. Seja a luta por um algum ideal, seja pelo questionamento de uma determinada realidade que se caracterize como algo impeditivo da realização dos anseios deste movimento, este último constrói uma identidade para a luta e defesa de seus interesses. Torna-se porta-voz de um grupo de pessoas que se encontra numa mesma situação, seja social, econômica, política, religiosa, entre outras.
Desde o anúncio, em 30 de Outubro de 2007, do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, o país ingressou em estado de alvoroço permanente. O assunto desperta empolgação e expectativa em muitos, mas também vêm despertando, em um número cada vez maior de pessoas, revolta e indignação, conforme correm os trâmites que envolvem a realização do evento.
Remoção de favelas, desvio de verba pública, falta de transparência e de diálogo com a população são apenas alguns dos temas que tornam a Copa no Brasil digna de desconfiança e, consequentemente, motivos suficientes para uma mobilização que busque apurar condutas inaceitáveis por parte dos órgãos competentes – notadamente os de caráter estatal – e reivindicar melhorias, segundo pautas sociais, que vão muito além da construção de novos e dispendiosos estádios. Foi a partir desta constatação que surgiram, em cada uma das doze cidades que sediaram o torneio no próximo ano, os Comitês Populares da Copa.
Cada comitê busca, através da integração de ações de rua, debates envolvendo moradores de áreas afetadas diretamente pelas obras da Copa e acadêmicos, além da elaboração e veiculação de