escola e familia
February 10, 2014 às 12:49 pm | Família e escola
Maria Fernanda Martins Ferreira, diretora da EE Dona Brasília Castanho de Oliveira, durante reunião com os funcionários da escola e APM. Foto: Raoni Maddalena
Sem dúvida nenhuma, a construção de uma relação entre a escola e a família é um dos desafios atuais quando o assunto é Educação. O que devemos fazer quando essas duas instituições possuem visões diferentes sobre quais são as regras e os limites que devem ser impostos aos jovens e crianças? Como se diz na minha terra: “êta perguntinha danada!”.
Antes de qualquer coisa, precisamos ter clareza sobre o papel que cada uma das instituições, família e escola, desempenha na formação dos alunos, e sobretudo compreender as transformações pelas quais elas vêm passando, para atuarmos de forma construtiva nesse contexto.
Segundo o filósofo espanhol contemporâneo Fernando Savater, a família é a primeira instituição responsável pela socialização das crianças. Ou seja: é dentro desse núcleo que são adquiridos os primeiros valores, costumes e ideias. Esses aspectos, entretanto, são particulares a cada família, e podem ser muito diferentes de uma para outra. Logo, o convívio com pais, irmãos e primos se torna o “alicerce” do sujeito, que necessariamente irá ampliar suas relações em outros meios sociais. É nesse contexto que será vivenciado o espaço privado, em que as relações são assimétricas. Afinal, os pais têm mais autoridade e poder que os filhos.
Na família as relações são estáveis, ou seja, a mãe não deixa de ser mãe embora o filho tenha se comportado mal, tenha desobedecido ou brigado com o irmão. Pensando no contexto da atualidade, é preciso considerar ainda as diferentes configurações familiares em que o papel do pai ou da mãe é desempenhado por outros adultos a quem são delegadas todas as responsabilidades. Além disso, houve uma sensível redução na quantidade de filhos, impedindo a criança de conviver com os pares