Escola Sociotécnica
Como a organização do trabalho no modelo sócio-técnico influencia a visão e a vivência do trabalho pelo trabalhador? O modelo sócio-técnico possui, como seu principal foco, o aspecto social do trabalhador, sua organização em grupos de indivíduos, seus comportamentos, capacidade, cultura, sentimentos, enfim, sua humanidade como um todo. Garantindo a semi-autonomia, concedendo-lhes o poder de tomada de decisões, esse modelo organizacional altera a postura do trabalhador em relação ao processo produtivo. Antes passivo, esse se torna ativo, podendo alcançar o mesmo objetivo de vários meios.
A vantagem de um grupo semiautônomo se deve, principalmente, à responsabilidade coletiva adquirida por cada funcionário, tendo cada membro o poder de decisão e opinião acerca dos conjuntos de tarefas executados em sua célula. Esse tipo de arranjo de trabalho favorece a interação cooperativa, permitindo um aprendizado mútuo decorrente, principalmente, da rotação de tarefas. Além disso, o ambiente criado por esse tipo de interação entre os membros da célula é capaz de criar uma autorregulação, que se deve à autonomia da célula em lidar com os possíveis problemas que possam surgir e que, consequentemente, atrapalhariam o alcance das metas estipuladas. Nesse tipo de organização, os indivíduos têm mais autonomia, responsabilidades e funções, além de não terem supervisores ou controle rígido da produção pessoal. Esse superiores são apenas líderes, responsáveis por garantir as comunicações interna e externa do grupo, além do ambiente e a relação entre os trabalhadores, buscando uma atmosfera agradável e saudável de convivência. Com isso, o trabalhador não se sente pressionado a gerar resultados e, por isso, o gera de forma mais natural, dinâmica e espontânea. Os resultados, alcançados dessa forma, fazem com que o trabalhador se sinta mais orgulhoso e realizado com seu