Escola para adultos deficiêntes intelectuais
No que diz respeito à escolarização, há existido uma configuração subestimadora de jovens e adultos com deficiência intelectual, que subjaz às políticas oficiais, à atuação dos serviços de saúde, às ideias que impregnam o ambiente familiar e às representações da sociedade civil como um todo; ela é endossada pelos educadores e profissionais especializados quando assumem a tutela e se responsabilizam por ações pedagógicas baseadas em atividades infantis e repetitivas, visando a capacitar o aluno para habilidades básicas. Esse trabalho é também dirigido à manutenção da dependência e à adaptação a normas de conduta. Nas últimas décadas, em meio a controvérsias e ambiguidades, várias propostas de mudança vêm sendo orientadas para um melhor atendimento educacional aos alunos especiais. Contudo, muitas vezes os discursos e projetos mostram contradições e desafios na viabilidade de concretização.
As dificuldades de haver uma perspectiva de crescimento de vida para uma pessoa com D.I. são muitos grandes. No currículo dos ditos normais existe todo um projeto e perspectiva com possibilidade das mais diversas mudanças desde o nascimento até a vida profissional. Já no caso citado, se não for muito bem estimulado na infância, quando tem uma boa chance de estar com os pares da sua idade, muitas vezes estará fadado a estar em isolado, invisível à sociedade, ou em classes com crianças, enfim, sem chances efetivas de participar da sociedade como poderia se a sociedade estivesse preparada para receber a todos.
Cada grupo social tem uma expectativa em relação a determinado período da vida, e procura oferecer as condições para que os indivíduos atinjam a capacidade daquela etapa da vida cada um de uma forma conforme sua necessidade, mas esse funcionamento natural de sociedade normalmente não