Terminologia sobre deficiencia
NA ERA DA INCLUSÃO
Romeu Kazumi Sassaki *
Citação bibliográfica:
SASSAKI, Romeu Kazumi. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Revista
Nacional de Reabilitação, São Paulo, ano V, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9. VIVARTA,
Veet (org.). Mídia e Deficiência. Brasília: Agência de Notícias dos Direitos da
Infância / Fundação Banco do Brasil, 2003, p. 160-165.
* Consultor de inclusão social e autor dos livros Inclusão: Construindo uma Sociedade para
Todos (7.ed., Rio de Janeiro: WVA, 2006) e Inclusão no Lazer e Turismo: em busca da qualidade de vida (São Paulo, Áurea 2003). E-mail: romeukf@uol.com.br
Usar ou não usar termos técnicos corretamente não é uma mera questão semântica ou sem importância, se desejamos falar ou escrever construtivamente, numa perspectiva inclusiva, sobre qualquer assunto de cunho humano. E a terminologia correta é especialmente importante quando abordamos assuntos tradicionalmente eivados de preconceitos, estigmas e estereótipos, como é o caso das deficiências que aproximadamente 14,5% da população brasileira possuem.
Os termos são considerados corretos em função de certos valores e conceitos vigentes em cada sociedade e em cada época. Assim, eles passam a ser incorretos quando esses valores e conceitos vão sendo substituídos por outros, o que exige o uso de outras palavras. Estas outras palavras podem já existir na língua falada e escrita, mas, neste caso, passam a ter novos significados. Ou então são construídas especificamente para designar conceitos novos. O maior problema decorrente do uso de termos incorretos reside no fato de os conceitos obsoletos, as idéias equivocadas e as informações inexatas serem inadvertidamente reforçados e perpetuados.
Este fato pode ser a causa da dificuldade ou excessiva demora com que o público leigo e os profissionais mudam seus comportamentos, raciocínios e conhecimentos em relação, por exemplo, à situação das pessoas com deficiência. O mesmo