Escola neoclassica

Escola neoclássica – visão otimista

Os problemas de desemprego nos anos 1880-90 foram menos sérios que os dos anos 1930, mas estimularam o pensamento econômico no tema e são aqui apresentados, principalmente, porque algumas propostas de então passaram a ser redefendidas neste final de século. Aqui estamos nos referindo ao reconhecimento que a rigidez no mercado de trabalho deve ser removida, através de maior informação e treinamento para a mão-de-obra, e ao ressurgimento de propostas de formas associativas como cooperativas. Na época, a partir do debate travado, a legislação introduziu as trocas de trabalho – labour exchanges*, a previdência social básica e melhorou a educação.

Os neoclássicos, assim como os clássicos, reconheceram tanto a particularidade da mercadoria trabalho no capitalismo, no sentido que [...] o trabalhador vende seu trabalho mas retém a propriedade de si mesmo (MARSHALL, 1890), quanto às peculiaridades do mercado de trabalho, que tornam os ajustamentos e as formas de se encontrar trabalho mais difíceis.

Mas, embora tenham identificado as particularidades e imperfeições do mercado de trabalho, os economistas neoclássicos acreditavam que este funcionava como o mercado de bens, ajustando-se perfeitamente; o mecanismo de preço daquele mercado – o salário – era suficiente para o ajustamento automático mesmo numa situação de mudança tecnológica. A ênfase quase exclusiva sobre a flexibilidade dos salários atenuava a gravidade e complexidade dos problemas de desemprego.

Para a escola neoclássica, o princípio da substituição entre capital e trabalho assegura que só pode ocorrer desequilíbrio de curto prazo no mercado de trabalho, dado que os salários e taxa de juros são considerados flexíveis. Já que os capitalistas são livres para fazer uma escolha racional dentre um amplo espectro de combinações alternativas de trabalho e capital, eles sempre substituirão capital por trabalho no caso de excesso de mão-de-obra, devido à conseqüente