Escola de Humanidades

Séculos XVI-XVIII:
O protagonismo dos colégios de humanidades

Os colégios de artes humanísticas presentes em toda a Europa no século XVI foi à instituição escolar de maior apelo familiar, estatal e religioso, sobrepujando a notoriedade das universidades e excluindo, não por completo as formas educacionais medievais. A história dos colégios de humanidades define toda a educação escolar ocidental entre os séculos XVI e XVIII.
Os colégios de humanidades tiveram êxitos devido a vários fatores.
Primeiro: A existência de uma clientela.
O ensino era especifico, condicionando os alunos nas atividades que necessitavam da palavra escrita e falada, como as de pastores, pregadores, juristas, historiadores, militares, educadores. Dessa forma o ensino ministrado interessava grande parte da sociedade que era atraída aos serviços da corte, do comércio e para as carreiras da igreja e do Estado. Assim a nobreza, a burguesia e partes da população apadrinhada com bolsas de estudo, visavam estudar em um colégio de artes humanísticas.
Segunda Razão: Novas modalidades de leitura
Surgiram novas modalidades de leitura, como ler solitariamente, que possibilitou a criação de hábitos de privacidade que ainda existe hoje no mundo moderno. Assim essa nova pratica de leitura instigou nas pessoas um desejo de saber, o que os levava a procurar concretizar isso indo ás instituições colegiais, lugares que além de leitura treinavam a escrita (muitos grupos sociais não tinham domínio da escrita, mas sabiam ler). Porém a leitura não ficava restrita apenas aos frequentadores dos colégios, muitos aprendiam por repetição e memorização. Então é possível que o êxito dos colégios tenha sido também por hostilidade a disseminação da leitura e da escrita, garantindo assim a posse exclusiva do conhecimento erudito aos formandos nos colégios.
Terceiro motivo: Religião
Os colégios funcionavam como uma igreja paralela, dando visibilidade ao domínio que a igreja exercia sobre a região onde estavam