Escola de chicago
O tema que subjaz ao presente trabalho – Escola de Chicago -, é vasto, ramificado e assumiu tal relevância que se mantém actual nos nossos dias. Efectivamente, analisar teoricamente um tema de tamanha complexidade e inovação prática, reveste uma tarefa árdua, “titânica”, correndo-se conscientemente o risco de não “tocar” todas as notas de uma pauta tão vasta.
Numa tentativa de abrangência teórica, resultou traduzida em letra, a análise, necessariamente breve, dos métodos de pesquisa inovadores e dos, chamemos-lhe, “fenómenos” que a Escola de Chicago focou e procurou resolver. Referimo-nos à “desorganização social”, à “criminologia ecológica” e à “delinquência juvenil”.
Por outro lado, daremos enfoque, quer às influências que a Escola recebeu (correntes como o Pragmatismo e o Interaccionismo Simbólico e Escolas Cartográfica, do Meio Social e Sociológica), quer às que exerceu sobre Cohen. Becker, Sutherland, Hirschi.
Enquadramento Histórico
A sociologia de Chicago torna-se, no início do século XX, um marco incontestável na pesquisa sociológica, uma vez que se debruça sobre métodos inovadores, privilegiando os métodos qualitativos, como a observação participante ou a realização de entrevistas. A investigação no terreno, o focar de atenção da Escola de Chicago no “mundo desviante” para receber dados relevantes para a explicação do crime, condenou os métodos de pesquisa até aí utilizados, pois os seus sociólogos entendiam que a teoria se fazia depois da observação, da prática, através da indução.
Com o nascimento do departamento de sociologia da Universidade de Chicago, em 1892, a cidade tinha crescido a um ritmo exponencial, tornando-se numa das maiores cidades dos EUA, em resultado de um desenvolvimento industrial impetuoso, levando, também, a um forte crescimento urbanístico. Um grande número de pessoas confluía para a cidade, desde migrantes do “Middle West” a imigrantes europeus. O boom populacional determinou o