Escoamento superficial

Escoamento superficial e infiltração de água no solo sob chuva simulada no Rio Grande do Sul
R. B. Spohr(1), R. Carlesso(2), F.L.F. Eltz(3), T. Broetto(4), C.H. Flores(4) & A.E. Knies(4) RESUMO - A determinação das perdas de água por escoamento superficial e da infiltração de água são essenciais para o entendimento e quantificação de processos hidrológicos, além de serem elementos essenciais na determinação da chuva efetiva, utilizada amplamente em planejamentos e projetos de diversas naturezas. Esse trabalho teve como objetivo determinar as perdas de água por escoamento superficial em solos com diferentes características físicas (textura, porosidade e densidade do solo, capacidade de infiltração, declividade, porcentagem de cobertura do solo, etc.) a partir de diferentes intensidades de chuvas simuladas (60 e 120 mm h-1) no Rio Grande do Sul. As chuvas artificiais foram aplicadas utilizando-se um simulador estacionário de bicos múltiplos e oscilantes. Seis parcelas foram delimitadas por chapas metálicas galvanizadas cravadas no solo (0,5m2), contendo na parte inferior uma calha coletora, para a água de escoamento superficial (mensurado em intervalos de cinco minutos). Em cada solo foi determinado o tempo de início e a taxa de escoamento superficial, além da chuva (quantidade, duração e intensidade), declividade do terreno, massa seca na superfície e cobertura do solo, densidade (do solo e de partícula), porosidade do solo (macro, micro e total), textura (argila, silte e areia) e a umidade inicial do solo. Utilizou-se o modelo modificado de Smith para estimativa da infiltração de água no solo. Dos 22 ensaios realizados com chuva simulada (em 11 locais diferentes), não houve escoamento superficial nos três locais testados na região de Santo Augusto (ZA, ZN e ZS) e em três locais na região de Cruz Alta (B3, B4 e B8), para a intensidade de chuva mais baixa. Em apenas um local da região da Santo Augusto (ZA), não houve escoamento superficial para nenhuma das chuvas