Escoamento Superficial
Escoamento Superficial
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1. GENERALIDADES
O escoamento superficial tem origem, fundamentalmente, nas precipitações. Ao chegar ao solo, parte da água se infiltra, parte é retirada pelas depressões do terreno e parte se escoa pela superfície.
Inicialmente a água se infiltra; tão logo a intensidade da chuva exceda a capacidade de infiltração do terreno, a água é coletada pelas pequenas depressões. Quando o nível à montante se eleva e superpõe o obstáculo (ou o destrói), o fluxo se inicia, seguindo as linhas de maior declive, formando sucessivamente as enxurradas, córregos, ribeirões, rios e reservatórios de acumulação.
É, possivelmente, das fases básicas do ciclo hidrológico, a de maior importância para o engenheiro, pois a maioria dos estudos hidrológicos está ligada ao aproveitamento da água superficial e à proteção contra os efeitos causados pelo seu deslocamento.
Figura 8.1 – Escoamento superficial (Fonte: GRAY, 1973)
2. COMPONENTES DO ESCOAMENTO
A água, uma vez precipitada sobre o solo, pode seguir três caminhos básicos para atingir o curso d’água: o escoamento superficial, o escoamento sub-superficial (hipodérmico) e o escoamento subterrâneo , sendo as duas últimas modalidades sob velocidades mais baixas. Observa-se que o
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Escoamento Superficial
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deflúvio direto abrange o escoamento superficial e grande parte do sub-superficial, visto que este último atinge o curso d’água tão rapidamente que, comumente, é difícil distinguí-lo do verdadeiro escoamento superficial.
O escoamento de base, constituído basicamente do escoamento subterrâneo, é o responsável pela alimentação do curso d’água durante o período de estiagem.
3. HIDRÓGRAFA
Denomina-se hidrógrafa ou hidrograma a representação gráfica da vazão que passa por uma seção, ou ponto de controle, em função do tempo.
A caracterização de um hidrograma é feita a partir de observações e registros das variações de vazão no decorrer do tempo.
Na figura 8.2