Escatologia
Desejamos uma nova compreensão do papel dos professores. Cremos que o ensino é essencialmente uma vocação ou um chamado que requer uma combinação de sensibilidade artística com uma prática cientificamente assegurada. Muitos dos educadores de hoje chegaram a cair na armadilha do profissionalismo competitivo: credenciais e certificados fragilmente controlados, jargões e técnicas especiais, e uma frieza profissional com os temas espirituais, morais e emocionais inevitavelmente envolvidos nos processos de crescimento humano.
Afirmamos que esses educadores devem ser facilitadores da aprendizagem, que é um processo orgânico e natural e não um produto que pode ser mudado de acordo com a demanda. Os professores exigem autonomia para a elaboração e implementação de ambientes de aprendizagem que sejam apropriados para as necessidades particulares de seus alunos.
Ansiamos por novos modelos de formação de professores que incluam o cultivo do próprio interior dos professores e seu despertar criativo. Quando os educadores estão abertos para seu próprio ser, conseguem uma co-aprendizagem e alguns processos de co-criação com o aluno. Nesses processos, o professor é aluno, e o aluno é professor. O que o ensino requer é uma sensibilidade especial para os desafios do desenvolvimento humano, não um pacote de métodos e materiais pré-determinados.
Desejamos professores centrados no aluno que mostrem uma reverência e um respeito pelos indivíduos. Os educadores deveriam ser conscientes e estar atentos para as necessidades, diferenças e habilidades, e serem capazes de responder ás necessidades em todos os níveis. Os educadores têm de considerar sempre cada indivíduo nos contextos da família, da escola, da sociedade, da comunidade global e do cosmos.
Queremos a desburocratização dos sistemas escolares, de forma que as escolas (assim como as casas, os parques, o mundo natural, o local de trabalho e todos os locais de aprendizagem)