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Eric Hobsbawm “Sobre História”
Em um dos seus últimos trabalhados publicados Eric Hobsbawm analisa o significado e os compromissos que envolvem a tarefa da escrita da história, refletindo sobre o papel do historiador para a sociedade do passado do presente e do futuro e se papel desmistificador quanto aos discursos que buscam legitimar, por meio da história, ideologias que se baseiam em leituras anacrônicas, tendenciosas ou mentirosas, na minoria dos casos da história.
Para Hobsbawm qual seria o papel do historiador? Bem a partir do que foi mencionada a cima podemos dizer que seria o de desmitificar ideologias por meio da correta, imparcial e científica – portanto leitura da história.
O autor aborda uma contemplação filosófica referente ao termo “passado” sobre questão de mundo e suas conseqüentes mudanças através de gerações e como isso é de extremo significado para a construção da identidade. Para ele o historiador tem como objetivo principal orientar as pessoas quanto ao seu passado, sua identidade, e seu comportamento. Ou seja, o historiador como um banco de dados da memória coletiva para que a sociedade tenha acesso ao aprendizado adquirido por seus antepassados por meio daquela experiência. Falar de identidade é falar daquilo que nos caracteriza ou o que os antropólogos entendem por etnicidade: traços que exprimem o aspecto auto-reflexivo de uma cultura e que pode vir a representar um ponto forte de afirmação de uma coletividade. Esta não se manifesta sob condição de isolamento, é, ao contrário, a intensificação das interações do indivíduo com o mundo que torna salientes tais identidades étnicas. Entende-se, então, que a pouca ou total ausência dessas interações podem ser supridas pela manipulação do passado, capaz de fornecer algo que o presente não pode proporcionar. Pois, o esquecimento ou mesmo a má interpretação de tais fatos pode representar um fator essencial na formação de uma nação.

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