Eric - o fim dos impérios
(Eric Hobsbawn, Era dos Extremos, pags. 198 a 219)
A facilidade ou até mesmo o modo ridículo com que os países europeus conquistaram o resto do mundo não europeu, impondo sua superioridade, sistema econômico, social, organizacional e tecnológico, além de é claro ter oferecido o sistema capitalista, que somente em 1917 apresentou modelo alternativo (comunismo soviético).
“... A história do século XX do mundo não ocidental, ou mais exatamente não norte-ocidental, é portanto determinada por suas relações com os países que se estabeleceram no século XIX como os senhores da espécie humana...” (p. 199)
O resultado disso é que a minoria elitizada impôs também seu modo de vida e religião, e os países do Terceiro Mundo após a descolonização viram no modelo anticapitalista (visão comunista soviética) uma forma de superar o atraso através da industrialização. “... a Grande Depressão de 1929-33 iria ser um marco milenar na história do anti-imperialismo e dos movimentos de libertação do Terceiro Mundo...” (p. 202).
O povo das regiões colonizadas não se viam como povo, e a divisão dos territórios sem qualquer respeito as estruturas locais, fez com que o mundo após a colonização fosse dividido pelas fronteiras do imperialismo.
“Alem disso, os habitantes do Terceiro Mundo que mais se ressentiam dos ocidentais (fosse como infiéis, como trazedores de todo tipo de pertubadoras e ateias inovações modernas, ou simplesmente por resistência a qualquer mudança na vida da gente simples, que eles, não sem razão, julgavam seria para pior) opunham-se igualmente à justificada convicção das elites de que a modernização era indispensável. Isto tornava difícil uma frente comum contra os imperialistas, mesmo em países coloniais onde todos os membros do povo súdito suportavam o fardo comum do desprezo dos colonizadores pela raça inferior” (p. 206)
Os movimentos nacionalistas das classes médias enalteciam, especialmente na Índia, a sua