Era Vargas
Por quase quatro séculos, a partir de sua “descoberta”, a inserção internacional do Brasil aconteceu apenas por meio de potências europeias, antes Portugal e depois a Inglaterra. Com o declínio da Inglaterra como potência hegemônica na Europa, o Brasil voltou-se para os Estados Unidos que, após da vitória na Primeira Guerra Mundial, conseguiram impor sua liderança no cenário internacional. A “aliança não escrita” com os Estados Unidos caracterizou a política externa brasileira até 1930. Naqueles anos, a política externa brasileira pautava-se apenas na busca de mercados novos para escoar a produção cafeeira sobre a qual se baseava grande parte da economia brasileira. O sociólogo e cientista político brasileiro, Helio Jaguaribe, definiu a política externa brasileira da primeira metade do séc. XX como uma “diplomacia aristocrática e ornamental”. Única exceção foi a modesta participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial, já no fim do conflito.
No seu primeiro governo, de 1930 a 1945, Getúlio Vargas procurou transformar a política externa brasileira num instrumento de pressão em favor do desenvolvimento político e econômico do país. Vargas soube aproveitar da favorável conjuntura internacional para barganhar ajudas econômicas importantes e colocar sólidas bases para a incipiente industrialização do país.
Mesmo sob uma tácita, mas ainda não bem definida influência americana, o Brasil incrementou suas relações comerciais com a Alemanha, sobretudo nos anos de 1934 a 1938. Quanto às relações políticas