equador preservação da amazônia e exploração do petroleo
Ministra diz à BBC que Quito poderá explorar petróleo na área caso países não contribuam com fundo para fontes alternativas de energia.
11 de janeiro de 2011 | 6h 09
Maria Fernanda Espinosa (ministra da defesa do Equador) pediu apoio do governo de Dilma Rousseff.
O governo do Equador ameaça abandonar o projeto de preservação da sua reserva petrolífera na Amazônia caso a comunidade internacional não contribua com um fundo destinado à criação de fontes alternativas de energia.
"Se não conseguirmos reunir suficientes adesões e compromisso internacional temos um plano B (...) que é a decisão de explorar esses recursos petrolíferos", afirmou à BBC Brasil Maria Fernanda Espinosa, ministra equatoriana do Patrimônio e coordenadora do projeto ITT- Yasuní.
"Está em jogo o futuro do Equador, somos um país com enormes necessidades de desenvolvimento e estamos oferecendo ao planeta esta oportunidade de exercer seu compromisso, sua co-responsabilidade com a mudança climática e com a biodiversidade", acrescentou.
Para deixar intacto o Parque Nacional Yasuní - considerado uma das zonas de maior riqueza em biodiversidade do mundo -, o governo de Rafael Correa pediu à comunidade internacional uma doação a um fundo de compensação de US$ 3,6 bilhões, 50% do valor do petróleo localizado nesta área da Amazônia. Esses recursos, administrados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), devem ter como destino a transformação da matriz energética equatoriana e a preservação de bosques e comunidades indígenas ainda em situação de isolamento no Equador.
Atualmente, a exploração petrolífera é a principal fonte de receitas do país, estima-se que a preservação do campo Yasuní, que abriga 20% das reservas petrolíferas do Equador, evitaria a emissão de mais de 400 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, principal responsável pelo aquecimento global.
A ministra equatoriana afirma que,