Epidemiologia das infecções virais
A epidemiologia estuda a ocorrência de doenças em populações. A pesquisa epidemiológica é a fonte tradicional de coleta de informações em surtos e epidemias de doenças virais. A finalidade destas pesquisas é a classificação e determinação do agente causal, determinação da extensão da doença e seu impacto econômico, para evitar a continuação do surto ou prevenir a recorrencia da doença.
Dois tipos de estudos epidemiológicos são utilizados em virologia: os estudos prospectivos ou longitudinais e os estudos retrospectivos.
Transmissão de vírus
Os vírus podem ser transmitidos das seguintes formas:
A) Transmissão direta pessoa a pessoa. Ocorre com maior frequência através de gotículas ou aerossóis, como na influenza, sarampo, varíola; pela via fecal-oral, como na transmissão dos enterovírus, rotavírus, hepatite A; pelo contato sexual, como na hepatite B; pela transmissão através de mão-boca, mão-olho, ou boca-boca. B) Transmissão de animal para animal, com infecção humana acidental. Ocorre por meio de mordedura de animais, que pode transmitir a raiva, ou da infecção por aerossóis, em ambientes contaminados com vírus de roedores como hantavírus.
C) Transmissão por vetores artrópodes, como os arbovirus. Pode ser de três tipos:
Ciclo humano-artrópode, como na febre amarela e dengue;
Ciclo em vertebrados-artrópode com infecção tangencial de humanos;
Ciclo artrópode-artrópode com infecção ocasional em humanos e outros vertebrados, como na febre do carrapato do Colorado.
Reservatórios
Outro conceito epidemiológico importante diz respeito aos reservatórios, que constituem o habitat natural dos vírus entre as epidemias, que são períodos de aumento temporário da doença, significativamente diferente da ocorrência natural. Tanto o homem quanto outros animais podem funcionar como reservatórios, assim com os artrópodes e helmintos. Os reservatórios humanos podem ser casos clínicos ou portadores, os primeiros com