Eonomia política
Quando George Marshall implantou, em 1948, o famoso plano de ajuda à Europa Ocidental, que leva o seu nome, o Governo dos Estados Unidos mostrou ao mundo que aprendeu algumas lições importantes. Em primeiro lugar, o estilo “Tratado de Versalhes”, onde o derrotado (no caso a Alemanha, na primeira guerra mundial) era condenado a pagar pesados tributos e humilhações, apenas aguçava os sentimentos revanchistas. Como contraponto, tínhamos a antiga política do império romano que, gradativamente elevava os seus conquistados a um status cívico melhor, até que estes obtivessem, definitivamente, a cidadania imperial.
Resguardadas as proporções, o Plano Marshall optou filosoficamente por recuperar seus aliados e desenvolver os ex-inimigos, obtendo destes uma irretocável fidelidade. Esta política foi, na época, importante por dois aspectos: proteger o ocidente da então ameaça soviética; e desenvolver fortes parceiros comerciais, de forma a ampliar o mercado consumidor norte-americano. Tal estratégia foi o grande fator alavancador da economia mundial na maior parte da segunda metade do século XX.
Passamos para o terceiro milênio, porém, com um quadro sensivelmente diverso daquele descrito: a União Soviética se curvou ante seu próprio peso; e as economias aliadas (especialmente União Européia e Japão) chegaram em um momento no qual seu ritmo de crescimento não mais lidera o trem do desenvolvimento mundial. Lembra-se que este papel foi assumido nas duas últimas décadas pelos chamados “Tigres Asiáticos” que gastaram rapidamente o seu oxigênio de crescimento acelerado.
Hoje, a bola da vez do desenvolvimento está com a China, que vem registrando elevadas taxas de incremento da economia desde meados dos anos 80, mesmo descontando-se o fato de as estatísticas mandarins não serem nada confiáveis. Mas o fato é que, na medida em que os chineses recebiam grandes investimentos mundiais, seus cientistas tratavam de dominar as novas tecnologias, dando