Enzimologia - Detergente
UNIFIEO – 8º FARMACIA
Prof.ª Tais Cugola
Caroline Coelho
Diogo do Vale
Jessica Dogani
Ricardo Souza
Tais Bertoldo
O primeiro detergente para lavagem de tecidos contendo enzima, que se tem conhecimento, foi desenvolvido em 1913 por Röhm. A enzima era a peptidase tripsina, que é produzida no pâncreas dos mamíferos. Entretanto, a tripsina não era suficientemente ativa em líquidos com pH acima de 9,0 (GUPTA et al, 2002). Em 1959, o químico suíço Jaag desenvolveu o Bio-40 que era mais estável. O produto continha a peptidase bacteriana. Apenas em 1962, foi lançada no mercado a peptidase alcalina microbiana, com nome comercial de Alcalase, que possuía maior estabilidade em relação à temperatura e aos demais componentes presentes na formula dos detergentes. Este foi o primeiro detergente formulado com enzimas que obteve sucesso de vendas.
Após 1965, houve um grande avanço no uso de enzimas na formulação de detergentes, principalmente com a introdução de diferentes enzimas nas formulações.
Atualmente, a grande maioria das peptidases utilizadas em detergentes são do tipo serina-peptidase, como as subtilismas e/ou peptidases alcalinas estáveis e ativas em pH alcalino, produzidas por diversas espécies bacterianas, destacando-se as do gênero Bacillus.
A aplicação de peptidases em formulações de detergentes aumentaram nos últimos anos por apresentarem melhor desempenho na remoção de manchas e manutenção da cor dos tecidos, em relação aos produtos convencionais. Outros pontos positivos são que o uso destes biocatalisadores diminuem o uso de produtos químicos, como solventes e substâncias cáusticas, tornando-os menos agressivos ao meio ambiente, além de reduzir o consumo de água e de energia (CASTRO et al, 2004).
O uso de peptidases passou a ter importância e crescer recentemente, quando as enzimas deixaram de ser simples aditivos das formulações de detergentes, passando a ser ingredientes importantes. Um parâmetro fundamental na escolha