Enzimas
Hipertensão
Arterial
Bases genéticas da hipertensão arterial
Introdução
Prof. Dr. José Eduardo Krieger
Dept. Clínica Médica da FMUSP/LIM 13
Lab. Genética e Cardiologia Molecular
InCor HC-FMUSP krieger@incor.usp.br 24
Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento
A hipertensão arterial é uma doença poligênica com grande heterogeneidade e que sofre influências importantes de fatores ambientais para a manifestação do fenótipo. Recentemente, com o advento das técnicas de biologia molecular e as abordagens de genética molecular, tornou-se possível iniciar a investigação sistemática dos determinantes primários da hipertensão arterial primária. Existem exemplos de sucesso na identificação dos defeitos primários responsáveis pela gênese de três formas raras de hipertensão arterial mendelianas ou dependentes de defeito único para a manifestação do fenótipo. Nesses três casos, o aumento da pressão arterial é secundário ao aumento de reabsorção de sal e água pelo rim. A utilização dessas técnicas está permitindo também que progressos importantes sejam feitos na compreensão dos mecanismos moleculares que participam dos sistemas de controle da pressão arterial. Entretanto, as causas da doença para a grande maioria dos pacientes permanece desconhecida. Acredita-se que, por meio da abordagem multidisciplinar utilizando-se modelos experimentais e populações humanas, seja possível, num futuro próximo, a identificação dos determinantes primários da hipertensão arterial primária. Isso propiciará a identificação precoce de indivíduos afetados e a oportunidade de intervenção pré-clínica ou o desenvolvimento de terapêutica eficaz na causa primária, com redução da alta morbidade e mortalidade associada à doença. Neste artigo, abordaremos
especificamente algumas das estratégias que estamos empregando em nosso laboratório para mapear os genes da hipertensão arterial em um modelo de rato geneticamente hipertenso (SHR).
Origem Genética da