Enzima na Indústria Textil
A utilização de enzimas é caracterizada por ser uma tecnologia limpa, comparada à outras utilizadas atualmente e isso não é diferente na Indústria Têxtil. Essa tecnologia leva, além de otimizar os processos industriais, à menores impactos ambientais.
A primeira enzima utilizada nesse processo foi a amilase, há mais de dois mil anos, que tinha como função separar as fibras do linho ainda na planta e também de retirar o amido do tecido após a tecelagem. Após muitos anos as celulases começaram a ser utilizadas na lavagem de tecidos, como ainda são utilizadas (Rocha, 2013).
Segundo Barcelos, o processamento do tecido possui algumas etapas até chegar ao produto final:
Desengomagem: durante o processo de fabricação, é comum o uso de gomas a base de amido nos tecidos para evitar a quebra das fibras. Mas essas gomas devem ser retiradas antes de alguns procedimentos para evitar a mudança de cor dos tecidos. Essa remoção é feita com amilases.
Purga: Nesse processo as impurezas contidas no material são retiradas. As enzimas pectinase e celulase, em conjunto, agem com um efeito maior do que os produtos comumente utilizados, além de não contaminarem significativamente a água utilizada no processo.
Alvejamento: Serve para remover a cor amarela do algodão. Normalmente é utilizado peróxido de hidrogênio e a utilização da enzima peroxidase nesse processo visa a diminuição de peróxido no efluente e não realizar o alvejamento em si.
Tingimento: nesse processo as enzimas peroxidase e catalase são utilizadas para preparar as fibras para o tingimento, sem que ocorra oxidação. A lipase também pode ser utilizada para decompor as proteínas das fibras, dando-as mais mobilidade e, com isso, mais acesso aos pigmentos.
Acabamento: também chamado de biopolimento. É quando as celulases tem a função de degradar as fibras soltas da superfície do tecido, dando-o um aspecto melhor, resultando em menor peso e maior resistência do material final.
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