Envolvimento parental de alunos om nee

Novembro de 2011
Reflexão sobre o envolvimento parental na educação do aluno com necessidades educativas especiais

Após cada uma de nós ter refletido sobre este tema e, depois de termos partilhado as nossas experiências pessoais, em ambiente informal, chegámos à conclusão de que não temos uma perceção muito divergente sobre este assunto, pois todas encontrámos extremos: pais muito participativos e pais muito distantes.
Dois elementos do nosso grupo são professoras do 1º ciclo com variante de Educação Visual e Tecnológica e, quando se tem lecionado a maior parte do tempo no 2º ciclo, não se consegue ter uma real perceção sobre a participação e o interesse dos pais dos alunos com NEE, salvo os casos em que se é diretora de turma, o que aconteceu apenas uma vez. De qualquer maneira, estas colegas têm a ideia de que existem, em simultâneo: pais muito participativos na vida escolar dos seus filhos, que vão constantemente à escola falar diretamente com os diferentes professores e pais que raramente e dificilmente vão à escola, mesmo que sejam várias vezes chamados pelo diretor de turma. Pensamos que os motivos da ausência não têm nada a ver com a falta de preocupação perante os problemas dos filhos, mas sim porque não têm um horário laboral que lhes permita deslocarem-se è escola ou porque vivem em locais isolados onde os meios de transporte são escassos e o poder económico é baixo.
Outro aspeto importante a salientar, é o facto destas duas colegas se aperceberem de que os pais tendem a não dar tanta importância à sua disciplina (Educação Visual e Tecnológica), apesar de ser uma área de grande utilidade, principalmente para alunos com NEE. Os pais, normalmente, dão mais importância à Matemática, às Ciências da Natureza e à Língua Portuguesa, em detrimento das áreas de expressões.
Ainda relativamente à experiência em E. V. T., as colegas estão de acordo quando relatam que a maioria dos alunos com NEE que lecionaram não eram cuidadosos com o material de trabalho,