envelhecimento: lutos e a questão da morte
É inicialmente necessário aqui apresentar a velhice não como uma fase,um fato ou um processo que ocorre de forma igual para todos os indivíduos . É importante compreendermos a existência das velhices , e não somente da velhice . Além disso , é fundamental a compreensão de que , segundo Goldfarb (1998) afirma , não existe um ser velho , mas um ser envelhecendo . A velhice , ou melhor , o envelhecer é então um processo dotado de dinamismos que envolvem grandes transformações físicas , biológicas , sociais e psicológicas que desencadeiam uma série de questões comuns à esse período .
Contudo ,ao nos referirmos à velhice como sendo uma das fases do desenvolvimento humano , não pode-se negar que apesar de vivermos o processo de envelhecimento desde que nascemos , é quando determinadas transformações de diversos aspectos passam a ocorrer e serem notadas que o indivíduo passa a ser considerado um idoso .
Entre essas transformações , estão as de caráter biológico e físico , nas quais verifica-se um declínio notável na capacidade do indivíduo no que diz respeito à sua funcionalidade corporal . Aqui , o vigor físico da fase adulta já não é mais o mesmo , da mesma forma que a aparência física nessa fase também é objeto de grandes mudanças . Do ponto de vista sócio-cultural,segundo Santos (1994), o idoso é visto e representado de modos distintos a depender da cultura na qual está inserido . Assim , à medida que em alguns países e culturas os idosos assumem diante da sociedade um papel de verdadeiro prestígio , em outras culturas tais como a brasileira a visão do idoso se dá de forma diferente . Isso se dá porque ainda que a sua experiência e sabedoria sejam reconhecidas e respeitadas , o fato de que o idoso apresente um considerável declínio da aparência física da juventude , na saúde e na força física – fatores fortemente valorizados pela nossa sociedade – o leva muitas vezes a uma marginalização social . Além disso , com a