Envelhecimento Acentuado da População Brasileira
Disciplina: Análise Sócio Demográfica
“A velhice não é uma abstração porque as pessoas não são uma abstração. Portanto a velhice é uma realidade vivida por pessoas com suas histórias, com suas experiências, porém histórias e experiências de vida singulares, vividas no contexto sócio-econômico, cultural e étnico em que cada um está inserido” Marlene Gonçalves – FAESP
Com o envelhecimento acentuado da população, seria possível o Brasil enriquecer? Somos capazes de prever e sustentar esse novo quadro demográfico?
O mundo experimentou ao longo do século XX uma transição demográfica a partir de três forças motrizes: forte elevação inicial da taxa de fecundidade logo após o término da 2ª Guerra Mundial, a redução da taxa de mortalidade entre os segmentos mais velhos da sociedade e, a partir da segunda metade da década de 70, uma contínua queda na taxa de fecundidade.
No Brasil, a partir da metade do século passado, três fatores demográficos também entraram em funcionamento: a diminuição da mortalidade infantil, a queda na fecundidade e a redução da mortalidade adulta. Esses acontecimentos ocorreram nos países desenvolvidos primeiro, porém os mesmos ficaram “ricos” e depois sua população envelheceu. No Brasil, o processo vem ocorrendo de forma diferente.
A população brasileira está envelhecendo antes de o país enriquecer , e os efeitos dessa mudança afetam o crescimento econômico, a saúde, previdência, educação, entre outros.
As consequências desse processo demográfico serão profundas. Estima-se que em duas a quatro décadas, o país terá um perfil populacional inteiramente diferente do atual – em 2050, o Brasil terá proporcionalmente mais idosos do que o Japão, hoje, o país mais envelhecido do mundo.
A principal causa do envelhecimento é a drástica queda da taxa de fecundidade, de mais de seis filhos por mulher na década de 60, para