Entrevista com Marcos Pinheiro
Por: Brenda Freitas
1 - Quais foram as dificuldades para promover um evento desse porte?
É sempre muito complicado fazer um festival do porte do Porão do Rock. Envolve o trabalho de muitas pessoas e já começa no final do ano anterior. Passa pela elaboração de projetos, contatos, captação de patrocínios, fechamento de parcerias, contratação de artistas, curadoria para seleção de bandas independentes, realização de seletivas ao vivo, criação de peças publicitárias, divulgação maciça em diversos meios de comunicação, criação/manutenção do site oficial, blog e redes sociais, convites a jornalistas de outros estados, elaboração da planta da arena de shows, seleção e treinamento da equipe de voluntários, montagem de toda a estrutura (palcos, camarote, bares, praça de alimentação, praça de esportes radicais, camarins, tendas de ações sociais), receptivo dos convidados no aeroporto e hotel, transporte dos mesmos, hospedagem, alimentação nos camarins e da equipe de produção, preocupação com a segurança, desmontagem da estrutura, relatórios sobre todo o processo... Diante de tantos itens, já dá pra perceber que fazer um evento assim é realmente muito difícil. Sobretudo porque muitas vezes a verba demora para ser liberada, o que às vezes pode atrasar ou até mesmo inviabilizar certas ações. 2 - Qual a importância do Porão do Rock no cenário musical de Brasília?
A maioria das bandas sonha em tocar no Porão do Rock. Isso para nós é muito gratificante, pois o festival surgiu em 1998 justamente a partir da iniciativa de 15 grupos independentes que ensaiavam num subsolo e decidiram se juntar para mostrar seus trabalhos num evento. Desde então, parte desse núcleo de músicos se consolidou numa ONG e passou a acompanhar mais de perto a cena musical do DF, fazendo curadoria para a seleção de bandas, convites e, desde 2004, promovendo também seletivas ao vivo, que servem pra movimentar a cena e aquecer