Entrevista com cineasta
É, o cinema brasileiro está numa fase fértil, muitos filmes têm sido feitos, talvez graças as leis de incentivo fiscais que existem no Brasil hoje. Nunca houveram tantos estreantes fazendo filmes, mas o gargalo do cinema brasileiro continua sendo a distribuição, o Brasil é um pais que relativamente tem poucas salas de cinema. Comparado com o México, que é do mesmo tamanho, um tamanho parecido, nós temos metade das salas de cinema do que o México, o México tem 5000 salas, nós temos 2300. E sem falar nos Estados Unidos, que têm 32000 salas de cinema. Então o cinema tá numa fase interessante, muitos filmes sendo feitos, mas ainda tem problema pra atingir seu próprio público. Internacionalmente, o cinema todo hoje vive uma grande crise, em que os filmes independentes têm dificuldade de entrar nos mercados estrangeiros. Mesmo aqui no Brasil, a gente tem um país vizinho como a Argentina, onde poucos filmes brasileiros passam lá. Na América do Sul, nos nossos vizinhos, têm poucos filmes brasileiros que passam, talvez pela questão da língua, né, nós somos o único país de língua portuguesa. Ultimamente o cinema brasileiro não tem estado na linha de frente dos grandes festivais internacionais, não temos tido filmes em competição nos festivais, mas isso é uma questão que a qualquer momento pode ser revertida. Existem vendas de filmes brasileiros para televisão, mas nas salas de cinema a presença de filmes brasileiros ainda é pequena, a não ser com grandes sucessos, filmes emblemáticos, tipo “Cidade de Deus”, “Central do Brasil”, que conseguem atravessar essa barreira.
E qual a sua opinião a respeito do progresso do cinema nacional? Você