Entre o ocidente e o oriente : reflexos do contexto geopolítico na política externa turca do pós-guerra fria
Geopolítica pode ser definida como uma relação entre espaço e poder, numa maneira de estender suas influências além de suas fronteiras objetivando algum benefício.
Turquia, capital Ancara, caracterizada por ser uma república social, laica, apresentando sistema de governo parlamentar e uma população em torno de setenta e cinco milhões de habitantes de idioma oficial turco e religião predominantemente mulçumana país localizado de forma estratégica entre os continentes europeu e asiático, propiciando a esta, grande mobilidade político econômica no cenário internacional na busca de seus interesses de consolidação de estado.
Localiza-se entre estes dois continentes pelo Mar de Mármara, este aberto por dois estreitos o Estreito de Bósforo, onde é escoado trinta por cento do petróleo mundial, e o de Çanakkale. Em termos de exército possui o quinto maior do mundo, em contingente e o segundo maior da OTAN. O fato de apresentar um regime parlamentar esta relacionado a ideais de Mustafá Kemal Ataturk, líder político entre os anos de 1923 e 1938 responsável pelo início do processo de separação entre Estado e Religião, unindo secularismo a nacionalismo, com uma política voltada mais para a “ciência” que, segundo ele a cultura ocidental apresentava, mas que pode-se entender como desenvolvimento e tecnologia.
Com o colapso soviético e consequente término da Guerra fria, leis anti-dumping diminuíram o comércio local da Turquia, levando esta, a uma possível expansão de influência rumo a Ásia Central, pensando numa maneira de desenvolvimento econômico e possível mercado de exportação para seus produtos. Destaque para os países de características étnica, religiosa, cultural e linguística que, precisavam de um substituto para a antiga dependência da URSS. Este processo de aproximação constituía-se como forma de acordos de cooperação em diversas áreas, tais como