Entre a Cidade e a Natureza
#1 Entre o nascimento do filósofo e o aparecimento do cidadão constata-se o surgimento da solidariedade. O exercício do pensamento racional de algum modo corresponde a separação entre a natureza e a sociedade. A ordem política da Cidade não mais obedece à oragnização cósmica. A Cidade aparece como uma instituição humana com indagações, inquietações e discussões apaixonadas…
Há embates teóricos e de grupos inimigos onde a nascente filosofia é levada a encontrar o papel de intervir com sua plena competência.
Os começos de uma economia mercantil provocam subversão que necessitam dos remédios da “sabedoria” do filósofo.
A Cidade encontra-se dilacerada por acordos, e pede-se novo equilibrio político que perdeu sua unidade, harmonia e estabilidade social.
Os nomes dos Sabios da Grécia estão associados aos primeiros ensaios de constituição política e às primeiras formas de legislação.
O filósofo passa a ocupar o cargo e as funções que antes pertenciam ao Rei- Sacerdote, que ordenava natureza e sociedade no tempo em que essas ainda se confundiam.
O pensamento político do filósofo, a transformaçao mental que deriva daí, permite perceber que Sociedade e Natureza separadas constituem objetos de reflexao mais positiva e mais abstrata;
Do mesmo modo que a ordem natural é tornada physis, a ordem social é tornada humana e presta-se a uma elaboração racional; aí reside a motivação da compreensão racional em busca de causas e soluções às questões apresentadas.
Em Sólon surge o conceito da justa medida, limitando a ambição excessiva. O conceito pitagórico de harmonia entre os contrários que geram uma nova unidade, permite o autor fazer uma analogia entre a velha ordem social baseada na distribuição, em repartição das honras e dos privilégios entre grupos estrangeiros que se opõem na comunidade política, com a oposição das forças elementares no cosmo e se torna na noção abstrata da igualdade perante a lei