Entre os muros da escola
De um lado desse muro está François Marin, um professor de francês vivido por François Bégaudeau, que também é o autor do livro homônimo no qual "Entre os Muros da Escola" é baseado. De outro, está um grupo de alunos entre 13 e 15 anos composto por negros africanos, asiáticos latino-americanos. François pode ser visto como um educador, em um primeiro momento, mas também como uma espécie de colonizador. Seu sobrenome Marin, que pode ser traduzido ao português como marinheiro, sugere alguém que é desbravador dos mares e de novas terras.
Seu esforço em fazer com que seus alunos incorporem o idioma francês pode ser interpretado como uma espécie de "processo civilizador" imposto a esses alunos de diferentes etnias.
A linguagem é o grande campo de batalha onde é travado esse conflito cultural. O filme se sustenta basicamente apenas com longos diálogos, e muitos deles trazem o improviso. Sem um roteiro em mãos, os jovens puderam criar seus próprios diálogos, o que dá a sensação de que a realidade daqueles garotos invadia a ficção. A invasão da realidade no filme também se dá através do nome dos personagens, que é a mesma dos jovens na vida real.
Fugir da avaliação tradicional vem sendo alvo de muitos questionamentos. Atualmente, constata-se que existem muitos caminhos possíveis para a prática da avaliação. Mas qual deles deve-se considerar como desejável diante da atual realidade e exigências dos novos tempos? A resposta a esta questão conduz a profunda reflexão não só acerca da avaliação, mas também dos conceitos adquiridos sobre a mesma. Refletir sobre avaliação deve e