ENTENDER OU COMPREENDER? QUAL A DIFERENÇA?
Outro dia, caiu-me às mãos um texto do Trigueirinho intitulado “Compreender sem pensar” aonde ele discorria sobre a existência de dois tipos de compreensão, uma que é feita através da razão e fica só no nível intelectual e uma outra compreensão que se faz com a alma, através do amor e, não necessita de palavras, acontece sem que tenhamos que pensar, apenas sentir. Segundo o texto esta forma de compreender é o que se chama “Sabedoria”.
Realmente, dizer que alguém tem muito conhecimento intelectual e sabe explanar sobre qualquer assunto, não quer dizer que este alguém seja um sábio, pois sábio é aquele que compreende com o coração, aquele que sabe sem ter que se esforçar para entender. Do Centro de Si Mesmo, o sábio fala e vive no corpo o que a alma deseja, como viveu Santa Terezinha do Menino Jesus, Santa Teresa D’Avila e Santa Teresa de Lisier, para ficarmos só nas Teresas, sejam elas Santas Divinas ou Santas Mulheres.
A palavra compreensão me faz pensar que eu só aceito aquilo que compreendo, não a compreensão de que fala o Trigueirinho, não a compreensão dos sábios nem das Santas, mas sim aquela que advém do meu raciocínio, aquela que eu tenho sob controle porque passou pelo crivo da minha razão, de modo que, tudo que foge à minha “compreensão” me é difícil aceitar, como por exemplo, Luiz.
Eu sinto um anseio muito grande de compreender com o coração, mas só consigo ficar no intelectual, exceto, quando vivencio uma genuína compaixão pelas pessoas, como ocorreu em outubro do ano passado quando fui cuidar da mãe de Luiz no hospital ou em dezembro quando fui cuidar da minha mãe após o derrame que ela sofreu. O meu sentimento em relação as duas foi igual, uma vontade real de ajudá-las e a certeza de que eu podia fazê-lo.
Quando se trata de mim mesma a coisa já é mais difícil. Brigo com as minhas várias partes e as quero unidas como um Ser Integral, mas será que elas precisam ser uma só. A semana passada