Autonoma
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO – GRÉCIA ANTIGA
“A Filosofia da Educação não é a pedagogia. Também não é a psicologia da criança. É um ramo da Filosofia. Ora a filosofia não visa um saber-fazer, nem mesmo um saber, mas antes de mais o pôr em questão de tudo o que acreditamos poder e saber”.
A EDUCAÇÃO NA GRÉCIA ANTIGA
Entre os povos da antiguidade, em matéria de educação, os gregos são os que mais se sobre saem, e na Grécia Antiga que surgem as primeiras teorias educacionais. A compreensão de cultura e do lugar ocupado pelo individuo na sociedade reflete-se no ensino e nas próprias teorias.
A educação participa na vida e no crescimento da sociedade, tanto no seu destino exterior como na sua estruturação interna e desenvolvimento espiritual; e, uma vez que o desenvolvimento social depende da consciência dos valores que regem a vida humana, a história da educação está essencialmente condicionada pelos valores válidos para cada sociedade.(JAEGER, 1994, p. 05).
A educação grega estava centrada na formação integral – corpo e espírito – a ênfase da educação se demandava mais, ora para o preparo militar ou esportivo, ora para o debate intelectual conforme a época e o lugar. Quando não existia a escrita, a educação era dada pelas famílias seguindo a tradição religiosa, os jovens da elite eram deixados a cargo dos preceptores. Com o surgimento das Polis nascem as primeiras escolas, mas mesmo com o aparecimento da oferta escolar, a educação permanecia elitizada atendia principalmente os filhos da antiga nobreza e os pertencentes a famílias de comerciantes ricos. Na sociedade escravagista grega existia o “Ócio digno”, que significava dispor de tempo livre, privilegio de quem não precisava cuidar do sustento, mas não se deve confundir o “Ócio digno” com o “fazer nada”, ele alude a ocupar-se com as funções de governar, pensar, guerrear. Não é por acaso que a palavra grega para escola (scholé) significava inicialmente o lugar do ócio.(ARANHA,