autonoma
De acordo com o DSM-IV-TR2, a característica essencial do psicopata é um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos alheios, que inicia na infância ou começo da adolescência e continua na idade adulta. O referido manual explicita também o fato de que o diagnóstico para esse transtorno deve levar em consideração a existência de pelo menos três critérios que, de forma sintética, podem ser descritos como um fracasso em conformar-se às normas legais, uma propensão para enganar, impulsividade, agressividade, desrespeito pela segurança própria ou alheia, irresponsabilidade que pode estar vinculada ao trabalho ou às finanças, bem como uma ausência de remorso.
De um modo geral, percebe-se que o transtorno está diretamente vinculado aos padrões comumente aceitos na sociedade em que vivemos, sendo que é justamente a manifestação de comportamentos, que está em desacordo com esses padrões, que perfaz o tipo de semiologia, que o caracteriza. Uma sintomatologia que pode também ser compreendida pelo fato de vincular-se a uma ausência de ansiedade e depressão, que costuma estar presente nos demais indivíduos quando do cometimento de atitudes anti-sociais.
A prevalência do psicopata é baixa na população geral, sendo que as pesquisas apontam uma incidência de 3% em homens e 1 % em mulheres. No que se refere ao seu prognóstico, alguns estudos ressaltam o fato de que o auge do comportamento anti-social costuma ocorrer no final da adolescência e os sintomas mostram-se propensos a diminuir com o decorrer da idade3.
Embora uma meta-análise realizada por Salekin1 ressalte o fato de que há consideráveis