Entendendo a criatividade
Ruy Davi de Góis
1. Criatividade: noções introdutórias
A criatividade é uma das ferramentas mais importantes de que o homem dispõe, quando se encontra no exercício da inovação, quer ela vise a mudanças coletivas ou individuais, gerando uma simples alteração na qualidade de vida das pessoas ou uma mudança notável na história da humanidade. Assim, foram os casos de Martin Luther King Júnior (vide famoso sermão “eu tenho um sonho”), cuja visão e tática social não violenta mudaram os EUA; Chuck Jones, desenhista do desenho animado do Pernalonga, Coyote e Patolino, para quem temer o “dragão” da ansiedade é o estopim da criatividade e Albert Einstein com a teoria da relatividade. Individualmente, você pode melhorar a qualidade de vida, aproveitando melhor o seu tempo, reservando momentos para criar. Neste artigo, abordar-se-á este tema sob três perspectivas: individual, social e empresarial. Eis, inicialmente, algumas definições importantes dentre desses enfoques.
“A criatividade necessita não apenas de iluminação e inspiração, ela necessita também de muito trabalho, treino prolongado, atitude criativa, padrões perfeccionistas.” (Maslow, 1968)
“Criatividade é o processo de tornar-se sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia; identificar a dificuldade; buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e testar de novo estas hipóteses e, finalmente, comunicar os resultados.” (Torrance, 1965)
“Criatividade é o processo que resulta em um produto novo; é aceito como útil e/ou satisfatório por um número significativo de pessoas em algum ponto no tempo”. (Stein, 1974)
“Criatividade é a geração de ideias, processos, produtos e/ou serviços novos – para aquele indivíduo/grupo ou naquele contexto – que produzam alguma contribuição valiosa para a organização e/ou para o bem-estar das pessoas as quais trabalham naquele contexto e que possuam elementos essenciais à sua implementação.”