Ensino Médio 2
Desenvolvendo-se no apogeu do mercantilismo, a economia do Brasil colonial se assentou sobre três pilares: a grande propriedade territorial, na qual se desenvolvia um empreendimento comercial destinado a fornecer a metrópole gêneros alimentício, em particular a cana-de-açúcar e os metais preciosos, onde se utilizava essencialmente a mão-de-obra escrava.
A opção pelo trabalho escravo - no início da Idade Moderna - explica-se basicamente pela dificuldade de encontrar trabalhadores assalariados dispostos à imigração. Além disso, seria difícil manter assalariados os semi-assalariados nas grandes propriedades.
Dada a disponibilidade de terras, eles poderiam tentar outras formas de vida - tornando-se artesãos, posseiros e pequenos agricultores, por exemplo, o que complicaria o fluxo de mão de obra para a empresa mercantil, na qual o grandes comerciantes e proprietários estavam associados à coroa portuguesa e seus afiliados.
Escravização indígena em meados do século 16, quando a cana-de-açúcar começou a substituir o pau-brasil como o principal produto da Colônia.
Desenvolveram-se primeiramente tentativas de escravizar os índios. Entretanto, diversos fatores ocorreram para o fracasso desse empreendimento em primeiro lugar, o trabalho intensivo, regular e compulsório não fazia parte da cultura indígena,.acostumado a fazer somente o necessário para garantir a sua sobrevivência, através da coleta, da caça e da pesca. Em segundo lugar, ocorria uma contradição de interesses entre os colonizadores e os missionários cristãos, que visavam catequizar os índios e se opunham à sua escravização. Por sua vez, os índios também reagiam à escravização seja enfrentando os colonizadores através da guerra, seja fugindo para lugares longínquos no interior da selva, onde era quase impossível capturá-los. Finalmente, há que se considerar que o contato entre brancos e índios foi desastroso para estes últimos