Ensino, aprendizagem, falsificações do conhecimento histórico:
Coordenadoria de Extensão e Aperfeiçoamento - COGEAE
Didática de 3º Grau
Professora Rosa Kulcsar
João Bosco Barroso de Pinho
Ensino, aprendizagem, falsificações do conhecimento histórico:
afinal, o que fazemos em sala de aula?
João Bosco Barroso de Pinho
outubro de 1996
São Paulo
Ensino, aprendizagem, falsificações do conhecimento histórico:
afinal, o que fazemos em sala de aula?
João Bosco Barroso de Pinho
O objetivo deste texto é dicutir como trabalhamos em uma sala de aula de História. O ponto de partida para esta discussão-testemunho são os três seguintes textos: 1) “A síndrome do sapo fervido”, de Luiz Carlos Q. Cabrera; “Sala de aula: espaço de uma experiência”, de Lucrécia DÁléssioFerrara; e a “Introdução” do livro de Marc Ferro, “Falsificações da História”.
A questão inicial é justamente esta: afinal o que fazemos em sala de aula? Transmitimos informações? Reproduzimos acriticamente o pensamento dos autores dos livros didáticos? Ensinamos História? Fazemos apenas inflamados discursos político? Falsificamos a História? Que História “ensinamos”? Formamos um cidadão crítico? Construimos conhecimento em sala-de-aula com nossos alunos?
Estas questões não têm uma resposta única, pronta e acabada, se quizermos ser honestos. Para respondê-las, com proveito, devemos levar em consideração alguns contextos e algumas opções, igualmente contextualizadas. Passemos aos contextos. Quais seriam? De que contextos estamos tratando?
O primeiro que apontamos é a experiência do professor de História em sala de aula. Diríamos, a nossa experiência profissional. As respostas para as questões acima, indiscutivelmente, estão relacionadas às experiências vividas em sala de aula. O professor que acabou de concluir sua graduação não responde