Ensanio Os Canibais, Michel de Montaigne
446 palavras
2 páginas
Os Canibais, Michel de MontaigneO ensaio Sobre os Canibais, de Montaigne, é uma reflexão sobre seu encontro com três índios tupinambás que foram trazidos a Europa. Um texto que exalta o modo de vida indígena, e compara esse estilo puro com o da sociedade da Europa.
Porém antes de Montaigne escrever sobre os índios brasileiros, a baía de Guanabara já tinha sido francesa, com a instalação da colônia de refugiados protestantes determinada a preparar a ocupação francesa da América do Sul, deu origem deu à publicação de dois dos primeiros livros sobre o Brasil: Singularidades da França Antártica do frade André Thevet, e História de uma viagem feita à terra do Brasil. Esses livros, sobretudo o último, apesar de condenar vários costumes, como a poligamia e o canibalismo, não deixam de exprimir certa simpatia pelo caráter comunicativo e sociável dos índios brasileiros, Foi desses livros que Montaigne colheu a maior parte das informações sobre a vida dos Tupinambás, embora ele diga que elas proviam de um empregado seu.
Em vez de manifestar horror aos costumes dos indígenas, como seria esperado de um intelectual católico, o pensador comparou-os aos europeus e concluiu que os supostos selvagens lhes eram superiores, graças à coerência com a própria cultura, à dignidade e ao senso de beleza. Os verdadeiros selvagens, segundo eles, eram os europeus.
No ensaio “Os Canibais”, a relativização surge nos escritos de Montaigne na medida em que o autor vai expondo suas ideias em relação à sociedade indígena e a civilização europeia.
Montaigne não vê nada de bárbaro nos povos indígenas indígena; na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se prática em sua terra após deixar claro seu julgamento sobre a natureza das sociedades “primitivas”, Montaigne compara em relação aos hábitos e costumes pertencentes aos habitantes do “Velho Mundo”. Ao descrever algumas práticas presentes nas guerras travadas pelos tupinambás, que terminavam na morte do prisioneiro através dos