Ensaios de geis
São preparações farmacêuticas obtidas pela dispersão de duas fases líquidas imiscíveis ou praticamente imiscíveis.
(Farmacopéia Brasileira,1988) Trata-se de uma dispersão cuja fase interna (dispersa) é composta por gotículas de um líquido, distribuídos em um veículo no qual é imiscível, mas que se torna miscível graças à adição de um agente tensoativo.
Justifica-se a utilização de emulsões pelo fato de:
a) serem formas farmacêuticas que permitem a veiculação de fármacos com características hidrofílicas e lipofílicas em uma mesma preparação;
b) tornarem palatáveis fármacos oleosos;
c) reduzirem a irritabilidade de fármacos quando estes estão presentes na fase interna de uma forma tópica emulsionada.
Dependendo de sua composição, as emulsões podem ser líquidas ou semi-sólidas. As emulsões líquidas podem ser destinadas ao uso interno ou externo. As semi-sólidas (cremes e loções), somente para uso externo. As emulsões são sempre compostas por uma fase aquosa, uma fase oleosa e por um ou mais agentes tensoativos. Estes são
responsáveis pela redução interfacial entre as fases aquosa e oleosa da emulsão e pela formação de uma película interfacial que circunda a fase interna desta, impedindo o contato e a
coalescência. Conforme a característica de solubilidade das fases externa e interna, as emulsões são classificadas como segue:
Emulsão A/O: a fase externa (contínua) é lipossolúvel, e a fase interna (dispersa) é hidrossolúvel.
Emulsão O/A: a fase externa (contínua) é hidrossolúvel, e a fase interna (dispersa) é lipossolúvel.
Uma emulsão é considerada uns sistemas termodinamicamente instáveis, que normalmente requer aquecimento e agitação vigorosa para seu preparo. A técnica de preparo usual consiste no aquecimento separado de cada uma das fases (oleosa e aquosa) até cerca de 70 – 75°C, obtendo-se duas soluções homogêneas neste estado. Deve-se então verter uma fase sobre a outra, e homogeneizar