Ensaio sobre o livro “Identidade” de Zygmunt Bauman
Nessa obra de Bauman, concebida a partir de uma entrevista via e-mail a Benedetto Vecchi, autor da introdução desse mesmo livro, Bauman fala sobre vários aspectos da identidade e assuntos relacionados em que o tema identidade influi. Sempre retirando conceitos de outras obras que Vecchi comenta e elogia em sua introdução. Bauman começa por mostra que a não ser que nós sejamos indagados a respeito, como ele mesmo foi em certa ocasião, provavelmente não nos daríamos conta que a identidade que está relaciona com a ideia de pertença ao lugar (um dos dois tipos de comunidade), a identidade nacional, que é simplesmente assimilada sem tivéssemos uma alternativa. Quando Bauman é questionado em relação a sua própria identidade (é polonês naturalizado inglês), o mesmo se define como um Europeu. O que ele mesmo conclui ser uma identidade “includente” e “excludente” simultaneamente, isso significa que incluiria seus dois países e excluía as diferenças entres os mesmos. Abstém-se de se definir por uma só nacionalidade nesse episódio, e ilustra uma das muitas dificuldades com que podemos nos deparar quando o assunto é identidade. Bauman considera essa busca efetiva pela identidade algo de certa maneira impossível de se acontecer, defende que a as identidades que nos são postas à escolha (no primeiro tipo de comunidade) são feitas para usamos e mostramos e não para mantermos e internalizarmos. A diferença básica entre esses tipos de identidade é a escolha, já que hoje o sentido de identidade nacional, um sentimento de pertença onde não se tem escolha, já é mais difundido. Apesar disso, essas identidades são revogáveis (na história dele, isso acontece). Nós somos apresentados as diferentes comunidades (definida como “às quais as identidades se referem como sendo as entidades que as definem”) e identidades, podemos, por tanto, ter mais de uma identidade, por exemplo, ser mulher, católica, brasileira e cientista social. A