ensaio sobre o livro vidas para consumo
“Vidas para consumo”
O autor Zygmunt Bauman traz em seu livro um dos segredos, uma das verdades mais claras presentes na sociedade: a transformação da população em produtos, mercadorias. Os consumidores, especificamente, vão se tornando mercadorias. As “verdadeiras” mercadorias passam a exercer algo mágico sobre as “novas” mercadorias. Assim, os consumidores não só se sentem como mercadorias como se portam dessa maneira. Ao contrário de roupas que saem de moda constantemente ou de aparelhos celulares que rapidamente se tornam ultrapassados, as pessoas precisam consumir muito para não se tornarem obsoletas. Elas precisam constantemente se remodelar. Atualmente, as relações sociais são remediadas pelo consumo. É interessante notar que este consumo pode ser de produtos, mas somente. Pode-se associar isso com a “A publicidade como Sistema Mágico”, onde produtos vão adquirindo personalidade e valores. Por isso o consumo hoje está tão forte. O carro, por exemplo, não é apenas um veículo de locomoção, é um símbolo de status, sucesso, esse é o valor que ele passa para as pessoas. Um exemplo dado pela professora durante disciplina mostra isso muito bem. Um determinado médico precisava trocar de carro todo ano, pois se isso não acontecesse ele perdia clientes, porque as pessoas passariam a pensar que o médico estava indo mal nos negócios. Então, ele precisa consumir para manter uma determinada relação social, no caso, a relação era com os seus clientes e os prováveis futuros clientes. Abro um parêntese para relacionar isso também com o trabalho apresentado em sala pela aluna Ana Clara Moraes. Um dos temas da monografia da aluna era tendências. Ela entrevistou algumas mulheres perguntando: “por que você acha calça cintura alta bonita”. Muitas responderam porque estava na moda. Ou seja, as pessoas, cada vez mais, consomem por consumir. Não param para pensar, por exemplo, essa roupa é bonita por causa disso e disso, ela simplesmente aceitam