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a propriedade privada é eliminada, o individualismo é abolido, a individualidade é proibida, todas as propriedades passam a ser controladas de forma coletiva, e todas as unidades individuais do novo organismo coletivo são, de uma vaga maneira, iguais umas às outras. Marx simplesmente legou um enigma para suas futuras gerações de seguidores, os quais, desde então, ainda não chegaram a um consenso em relação à seguinte questão: afinal, o comunismo irá ele próprio gerar este mágico estado de superabundância, ou será que temos deesperar o capitalismo produzir esta superabundância para, só então, estabelecermos o comunismo?Segundo, para Marx, assim como para Hegel, a história necessariamente progride de acordo com uma dialética mágica, na qual uma etapa inevitavelmente dá origem a uma outra etapa posterior e contrária. Na versão neo-hegeliana de Marx, a "alienação" e o processo "dialético" gerariam a aufhebung (transcendência) e a negação de uma etapa histórica, a qual seria substituída por uma outra etapa contrária à anterior — mais especificamente, a negação da condição maléfica da propriedade privada e da divisão do trabalho, e o consequente estabelecimento do comunismo, gerariam uma sociedade em que a unidade do homem com a natureza e seu bem-estar pleno seriam alcançados. Exceto que, para Marx, a "dialética" é material em vez de espiritual. como seria a sociedade imediatamente após a violenta e necessária revolução mundial do proletariado, e antes de o comunismo supremo ser finalmente alcançado. Seria a sociedade da etapa de transição. Esta sociedade pós-revolucionária de Marx — aquela do comunismo "puro", "cru" ou "grosseiro"
Marx reconhecidamente concordava com a descrição feita pelo francês mutualista e anarquista Pierre-Joseph Proudhon e pelo monarquista conservador e hegeliano Lorenz von Stein a respeito de como seria essa primeira etapa da sociedade pós-revolucionária
Proudhon chegou a denunciar essa ideologia como "opressão e escravidão". Em