Ensaio sobre A inserção da África no sistema internacional moderno
Curso de Relações Internacionais
Área de Formação em Estudos Regionais II
Ensaio sobre A inserção da África no sistema internacional moderno
Texto base - A África desde o fim da Guerra Fria por Ricardo Soares de Oliveira
Autores: Pedro Pereira Priscila Colmenero Sarana Lessa
Belo Horizonte
Maio/2013
Introdução
Este ensaio se inicia afirmando que qualquer visão que posicione a África como uma porção homogênea do ponto de vista étnico ou geofísico demonstra-se equivocado. Com terras localizadas na parte central do globo, o continente africano caracteriza-se por uma intensa pluralidade física: diversos climas, formação de relevo, grandes diferenças na distribuição de recursos hídricos e formações vegetais deveras diversificadas. Ademais, o espaço africano é ocupado por diversas etnias. Agravantes de problemas ambientais são a ocupação humana de longa data (o continente é berço da raça humana), o uso muitas vezes não sustentável e intenso dos recursos naturais e a exploração indiscriminada por parte de grandes grupos transnacionais. Esse último fator é agravado pelo desrespeito de leis ambientais por parte das grandes indústrias e pela fragilidade dessas leis devido aos problemas políticos enfrentados por muitos estados africanos. Como Hegel declara que a África não tem história, o pensamento europeu desenvolveu uma imagem depreciativa do continente negro, colocando-se como ápice do desenvolvimento cultural e intelectual. Os europeus orientaram sua visão de mundo baseada em um forte eurocentrismo. Esses fatores acima citados aliados a uma reprodução de estereotipias negativas e o processo histórico do qual o continente foi vítima, podem ser considerados responsáveis pela marginalização político-econômica da África. Deixando de lado os determinismos geográficos que ignoram a capacidade humana de construir sua história, é possível atribuir ao