Ensaio Sobre A Complexidade
A sociedade atual tem exigido do assistente social uma busca de conhecimento do movimento societário para possibilitar a aprendizagem real das novas configurações das relações sociais na formação dos sujeitos. A prática deve estar amparada nas dimensões que permeiam a profissão, porém sempre inserido no processo de desenvolvimento da sociedade. O referencial teórico de uma profissão embasa a sua metodologia de trabalho além de interferir significativamente na sua visão e na intencionalidade de sua intervenção. Portanto, torna-se extremamente importante o entendimento de que o paradigma escolhido pelo assistente social irá embasar toda a sua visão, intervenção e, consequentemente, o resultado de seu trabalho. A partir disso, a complexidade mostrou-se atual e inserida na vida o homem contemporâneo, que tem na base de sua vida cotidiana não apenas a questão financeira, mas também as diversas dimensões (emocional, física, social, psicológica...) que interferem igualmente na vida e na constituição do sujeito.
Nesse sentido, a complexidade vem de encontro às novas configurações dessas relações que tem na sua base a multidimensionalidade em contraposição a dialética existente no Materialismo este, por sua vez, limitando o agir profissional a um caráter econômico e pontual. Essa teoria, que tem suas bases apoiadas nas idéias de Edgar Morin, propõe a base necessária para a visualização da complexidade dos sujeitos na perspectiva de religar as dimensões deste que antes eram ignoradas. Essa teoria traz a idéia contraria ao fracionamento dos fenômenos, exigindo do assistente social, um olhar que contemple, mas múltiplas dimensões da