ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA DO INDIVIDUALISMO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCH III
JORNALISMO EM MULTIMEIOS
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA DO INDIVIDUALISMO
Nayra de Souza Lima1 Maiara Souza²
Há quem pense que as relações pessoais, o contato físico e emocional, o se preocupar com o próximo, a doação de palavras, sorrisos e abraços não são mais necessárias na vida corrida e agoniada das pessoas. Onde o olhar não “fala” mais, os gestos corporais desmancharam-se no peso do dia, os ouvidos são apenas símbolos de perfeição física, e o corpo, gritando clama em ser bem visto. São apenas reproduções de vida, de sonhos, rotinas que se desvanecem no passar das estações, que semelhante a terra, circula ao redor do sol, mas não o toca, não sente, não vê.
O individualismo e suas deficiências Pessoas, celulares , ruas , carros, lojas, trabalho, casa, faculdade... Esta é a rotina incansável de milhares que circulam todos os dias pelas estradas da vida em busca do novo, que finda-se na mesmice de sempre. Acarretados de tantas atividades, afazeres e compromissos não se atentam para as belezas que há no cruzar das esquinas, no atravessar de uma rua, no olhar de uma criança, em muros pintados, em todos as coisas que insistem em se apresentarem como uma novidade, mas são ignoradas pelos estresses, e insensibilidade de enxergarem as poesias de um dia. Todas essas características são direcionadas ao individualismo, que possui um fator histórico extenso. Desde o período Renascentista o individuo buscava a singularidade, auto responsabilidade, eles buscavam enfatizar essa singularidade pela razão da liberdade que teriam em ser independentes e enxergarem o mundo da maneira que lhes convinha enxergar . Neste sentido “o individualismo” se manifesta como uma busca de distinção (SIMMEL, 1998, p.110). Existem aqueles que defendem este ato, com o discurso de que quando