Ensaio sobre Livro Digital

O editor de livros sobreviverá em um mundo onde a plataforma digital é mais popular do que a de papel?

É possível observar em nosso dia a dia, principalmente através de redes sociais, que vivemos em uma sociedade onde a edição e a curadoria estão ao alcance de qualquer pessoa. Assim, é possível discutir como será o futuro em diversas áreas, principalmente nas que necessitem de profissionais que realizam alguma filtragem prévia de conteúdo. No mercado editorial não é diferente e com a já velha, mas atual discussão sobre a possibilidade do livro digital substituir o de papel, e caso isto realmente venha acontecer, como ficará o papel do editor de livros neste possível futuro?
O editor ainda é uma figura importante no mercado editorial, afinal ele é uma peça fundamental no relacionamento autor/editora. Muitos autores acreditam que ter uma obra publicada por uma editora funciona como uma espécie de chancela, como se fosse um recado aos leitores de que o conteúdo daquele livro foi selecionado entre muitos por uma figura importante e crítica: o editor1.
Apesar de ser comum, a autopublicação em livro de papel, normalmente é, para muitos autores, apenas uma segunda opção e recorrem a ela depois de receberem negativas de seus originais por parte das editoras. Claro que neste tipo de publicação o autor passa a exercer total controle da obra, mas seu custo com a produção e uma distribuição limitada são pontos considerados negativos por muitos que optam por essa alternativa.
Com o livro digital os custos de produção e publicação reduzem drasticamente, o que despertou interesse de muitos autores independentes por esse mercado. Um questionamento, porém, que até pouco tempo, era levantado por estes mesmos autores, é o de como distribuir suas obras em um mercado ainda pouco explorado. Pensando nisso, a Amazon, uma das maiores empresas de comércio eletrônico do mundo, e que já algum tempo investe no Kindle, seu leitor de livros digitais, criou a Kindle Direct Publishing, que